
Graffitis da autoria dos Gémeos Blu e Sam3.
“Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.” Rubem Alves
Sentou-se defronte à janela do destino, sentiu que devia agir mas não o fez … o medo do amanhã impediu-o e obstruiu a parte cerebral que o leva a agir. A palavra “futuro” pode ter um efeito entorpecedor quando coadjuvado com as incertezas que lhe são inerentes. Pesando as (más) convicções das memórias passadas com as indeterminações futuras, o resultado final terá certamente algo a ver com a palavra “medo”, palavra nefasta que lhe congela a acção, afastando-o para um lugar distante, para algo como … “não-realização”. Percebeu afinal que o aconchego do medo pode ser muito apelativo se algo, para além dele, não fora ainda sentido. Ao contemplar, o horizonte azul da indefinição, ele apreendeu que a inacção é aliada da incerteza e que uma batalha com esta, só pode ser vencida pelo simples acto de agir. Hoje, quando age, sabe que o futuro continua incerto mas já controla uma ínfima parte do seu, ainda longo, percurso.
Um dos magistrais Carvalhos da Senhora do Desterro – São Romão foi vítima de assassinato com a conivência dos órgãos do poder e dos que gerem o nosso património arbóreo (se é que alguém o gere). O magnífico e secular exemplar Carvalho-Alvarinho (Quercus robur), localizado junto ao café desta povoação, foi selvaticamente subjugado ao roncar abrupto das motosserras, deixando sob o lugar da sua esplendorosa e imponente ramagem, um resquício de tronco convertido num miserável banco de madeira. Obviamente que as autoridades que permitiram esta atrocidade, se confrontadas com a questão, alegarão que a árvore em causa comprometia a segurança dos utentes da via (não é o que respondem sempre?) … que diabo, por um dos ramos se ter partido durante uma noite de ventania será razão para cortar terminantemente uma árvore, que em conjunto com as restantes do seu género, possui um importância singular para o património desta terra?
Canon EOS 500D; Exposição 1/125; Abertura f/7.1; ISO 100
Eu devo ser demasiado crédulo em relação às pessoas que me rodeiam.
Agora percebo melhor o significado da expressão “com a casa às costas”, já foi à alguns dias atrás mas as minhas costas ainda se queixam.
Do Sr. Presidente da Republica era esperada uma declaração clara e isenta que deslindasse aquilo que realmente sucedeu. Em vez disso, fugiu ao essencial da questão e ainda lançou mais “achas para a fogueira”, continuando a promover a discórdia e a dúvida com o único intuito de desculpabilizar a sua casa civil.
"Transverse Line, 1923"
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Deixo-vos apenas o artigo nº 1, de um lote de 30. Se este for cumprido, também todos os outro o serão.
Artigo 1.º
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
http://www.gddc.pt/direitos-humanos/textos-internacionais-dh/tidhuniversais/cidh-dudh.html
Estará a minha percepção da palavra “Divertimento” errada?
Vêm-se frequentemente seres de uma tenra faixa etária a emborcar enormes quantidades de espirituosos líquidos e afins derivados da cevada fermentada. Para estes indivíduos o constante degradante estado ébrio é sinónimo de pura diversão.
Para mim, um perfeito estado de divertimento deverá ser vivido e apreciado em plena comunhão com os meus sentidos, com sobriedade suficiente para jamais esquecer e dessa forma, aproveitá-los e vivê-los em absoluto.
Para além disso eu exijo a mim próprio conservar todo o controlo sobre a minha própria mente e sobre o meu corpo.
Ou..... Talvez a minha pessoa esteja um tanto ou quanto envelhecida e não acompanhou nem se actualizou relativamente ao passar dos tempos.
De que nos serve o tempo? Não andaremos nós, ínfimos seres, demasiado preocupados com o tempo… com a duração das coisas?
"Passeava com dois amigos ao pôr-do-sol – o céu ficou de súbito vermelho-sangue – eu parei, exausto, e inclinei-me sobre a vedação – havia sangue e línguas de fogo sobre o azul escuro do ford e sobre a cidade – os meus amigos continuaram, mas eu fiquei ali a tremer de ansiedade – e senti o grito infinito da Natureza."(Ficus Ginseng)
(A Persistência da Memória - Salvador Dali)Recordo… indício de que ainda vivo!
